24 setembro, 2007

Nova Comissão da Capela de Aldeia Rica

No passado Domingo, tomou posse a nova Comissão da Capela de Aldeia Rica, formada pelos seguintes membros:

Pe. Carlos Manuel Gomes Helena, pároco presidente;
Francisco Morgado;
Horácio Pinto;
Manuel Cunha;
Ivone Maria Domingos de Almeida Morgado;
Maria Odete Cardoso Augusto
Rui Manuel Morgado.



"É nomeada de harmonia com a legislação da Igreja, à qual compete exclusivamente a administração dos bens da Capela de Aldeia Rica e os actos inerentes à mesma administração".
Espera-se que os leigos agora nomeados "dotados de probidade e de zelo pelo bem da Igreja e pelos progressos do apostolado", tendo em conta a função pastoral dos bens temporais da Igreja, procurem a recta administração dos mesmos, de tal modo que elaessejam "instrumento ao serviço da evangelização e da catequese" (Dir. do Minsitério Pastoral dos Bispos, nº 190 d).

19 setembro, 2007

Catequese: um novo começo...

Hoje, não se nasce cristão. Porque para ser cristão já não basta ter uma série de hábitos (ir à missa) e fazer uns tantos gestos (fazer a Primeira-Comunhão, ir às procissões, …).

Começando em qualquer idade, quem quiser ser cristão tem de se preparar. Tem de ser iniciado. Passar por um processo de transformação interior que o leva a identificar-se pessoalmente com Cristo.

O projecto de catequese aponta para isso mesmo: para iniciar a vida cristã.
  • Iniciar na Fé
    Já lá vai o tempo em que catequese era sinónimo de decorar listas de palavras incompreensíveis para a idade. Quem quer ser cristão, quer conhecer melhor esse Jesus Cristo em que se aposta. Conhecer não apenas de “ouvir dizer” mas em profundidade. Um conhecer que não se fica pela memória mas que é verdadeira intimidade com Ele. A catequese não se contenta com admirar o homem extraordinário que foi Jesus de Nazaré. Descobrimos que Ele é a imagem verdadeira de Deus. Para lá do que cada um “acha”, reconhecemos que Jesus de Nazaré é a palavra definitiva de Deus.
  • Iniciar na Celebração
    A realidade de Jesus de Nazaré não é um acontecimento do passado. Na catequese descobrimos que Ele está presente e actuante ainda hoje. A Igreja, grupo dos seguidores apaixonados de Jesus, tem vários gestos e experiências em que Ele se torna presente. Aí, nos sacramentos, é possível encontrá-lO. Deixar que a sua força renovadora transforme a nossa vida. A catequese não se contenta em dizer que é preciso participar nos sacramentos. Ajuda a celebrar com autenticidade.
  • Iniciar no seguimento do Senhor
    Quem descobriu Jesus como a única palavra que dá sentido e esperança quer viver como Ele viveu. A catequese ajuda o catequizando a ultrapassar o modo “velho” de viver. Não se limita a dizer como é que o cristão deve viver. Ajuda-o a pôr em prática, em cada idade e circunstância, os convites de Jesus: “Tu, vem e segue-me”.
  • Iniciar na Oração
    A catequese que queremos inicia e introduz na relação viva e pessoal com o Deus vivo. Esta relação aumenta na oração pessoal e comunitária. Uma oração criativa, autêntica que traz à vida a frescura da Palavra de Deus.
  • Iniciar no compromisso
    Desde cedo, aqueles que vão experimentando o que é ser discípulo de Jesus, sentem o desejo de partilhar essa experiência com outros. A catequese ajuda, em todas as fases, o catequizando a dar testemunho e a convidar outros para a mesma alegria. “Encontrámos o Messias”!

Após o período de férias tão necessário para recarregarmos energias, retomaremos as nossas actividades, certamente com mais vigor e entusiasmo.

Em Catequese nunca nos podemos sentir de férias, pois o dever de catequizar e ser catequizado é contínuo e permanente. Mesmo assim, as actividades da “Catequese organizada” são suspensas durante os meses de Julho e Agosto para proporcionar aos seus participantes a oportunidade de formas diferentes de valorização pessoal.

Voltamos agora com vivências novas e diferentes que, postas em comum, nos poderão enriquecer mutuamente.

Assim ao iniciarmos a catequese pede-se aos Pais que colaborem com os catequistas:

  • entusiasmando os seus filhos e velando pela sua assiduidade e pontualidade;
  • acompanhando-os à Eucaristia;
  • comparecendo nas reuniões;
  • tentando superar possíveis dificuldades de horários ou outras;
  • apresentando sugestões.

E nunca se esquecendo que “os pais são os primeiros catequistas de seus filhos, pois a isso se comprometeram no dia do seu Baptismo”.

18 setembro, 2007

Padres têm que trabalhar mais por falta de novos sacerdotes

D. Manuel Felício reconhece dificuldades no recrutamento de vocações e na formação de padres, mas sublinha que não há sobrecarga.

A crise de vocações e a dificuldade na formação de novos padres na Diocese da Guarda “está a ser superada com a compreensão dos padres que se dispõem a mais trabalho”. D. Manuel Felício reconhece dificuldades no recrutamento de vocações e na formação de padres, mas sublinha que não há sobrecarga de serviço na Diocese da Guarda, composta por 115 párocos para 371 paróquias.
“Para fazerem o que faziam há 50 anos, estão sobrecarregados. Para fazer o que devem fazer, distribuindo por outros a co-responsabilidade, não estão sobrecarregados”.
“Nós temos 371 paróquias, mas temos paróquias com 100 habitantes que não têm capacidade de se organizar. Portanto, haja cinco paróquias com 100 habitantes a funcionar como se fosse uma só e isso está bem”. “Para nós haver muitos padres já não é a mesma coisa que era há 50 ou há 40 anos. O importante é que haja um número de padres razoável que nos permita garantir que as paróquias e grupos de paróquias funcionem com programas e serviços comuns”.

RÁCIO NÃO ESTÁ DESAJUSTADO
“Nós estamos habituados a ter uma tradição que é a de atribuir a cada paróquia um pastor próprio, mas isso passou e nem seria bom que voltasse, porque tiraríamos a iniciativa a outros, nomeadamente aos leigos e a outros serviços”.
D. Manuel Felício defende ser necessário “educar o nosso povo para voltar a sua atenção para o que é essencial”. O rácio de párocos e paróquias “não está desajustado” realçando que a Diocese da Guarda precisa de muitos sacerdotes, “às vezes seis e sete”, para atender às necessidades de paróquias como as da Guarda, Seia e Fundão, que têm entre 15 e 30 mil habitantes.
Nos últimos dois anos foram ordenados sete padres na Diocese da Guarda.
Fonte: Diario XXI

12 setembro, 2007

"Senta-te a pensar..."

Pensar na vida à luz de Deus, do Deus que nos criou por amor, que criou um mundo maravilhoso a pensar em nós, que nos concedeu capacidades e graças extraordinárias, que tem um projecto de vida para nós, que tem um Céu à nossa espera, que tem uma eternidade de amor para nos dar!
Parar e pensar, para descobrir o sentido e o valor da vida, o caminho que devemos percorrer, a missão que somos chamados a realizar, o mundo que devemos ajudar a construir e a meta onde devemos chegar!
A vida é demasiado bela e valiosa para não pensarmos nela, para não nos maravilharmos com ela, para ser gasta em banalidades! É necessário sentarmo-nos a pensar antes das grandes opções e decisões da nossa vida.
  • Sentar-se e pensar antes do casamento: O nosso amor é suficientemente forte e sincero para podermos assumir um compromisso de vida comum para sempre? Temos um ideal e um projecto de vida capazes de animar, sem monotonia nem cansaço, o nosso amor e a nossa vida familiar? Estamos realmente preparados e conscientes das exigências inerentes ao matrimónio? Queremos mesmo celebrar o sacramento com fé e na graça de Deus? ou o que nos anima é apenas o banquete, as prendas, as fotografias, a festa?
  • Sentar-se e pensar antes do baptismo dos filhos: Conhecemos Jesus e acreditamos nele como o Filho de Deus e o Salvador dos homens? Sentimo-lo como importante e necessário para a nossa vida e para a vida do nosso filho? Estamos em condições de O dar a conhecer, com credibilidade e eficácia, pela palavra e pelo testemunho de vida? Queremos que o nosso filho nasça como filho de Deus e pertença à Igreja de Cristo? A nossa vida e a nossa prática cristã constituem uma garantia de que o educaremos segundo a lei de Cristo e da Igreja? Queremos mesmo que ele seja cristão de verdade ou pretendemos apenas que seja baptizado, sendo apenas cristão de nome?
  • E na hora de escolher os padrinhos, temos em conta a sua idoneidade humana e cristã? Escolhemo-los, sem ter em conta os critérios e as exigências da Igreja e depois queixamo-nos da Igreja (e do padre) porque não aceita os padrinhos que escolhemos? O que está mal é a Igreja não aceitar como padrinhos pessoas sem um mínimo razoável de vida cristã ou os pais escolherem essas pessoas ou essas pessoas quererem ser padrinhos (quando não querem ser cristãos)? Antes de escolher é preciso pensar? E quando não pensamos antes, devemos assumir o nosso erro e não culpabilizar o padre por não ser como nós queremos. Não tem que ser como nós queremos, mas como Cristo quer e a Igreja propõe! Só assim tem sentido e só assim somos coerentes!

Sentar-se e pensar que, para ser discípulo de Jesus, é necessário renunciar a todos os bens. Os nossos bens, muito mais do que a nossa riqueza, são a nossa vida, a nossa família e os nossos amigos. Mas estes são bens aos quais não se pode nem se deve renunciar! Estes são bens essenciais à nossa vida humana e Jesus não quer, não pode querer que renunciemos a eles. O que Jesus pretende é que lhe dêmos o primeiro lugar e subordinemos tudo ao Reino de Deus. Isto faz parte da cruz de cada dia.
Mas quando pensamos e compreendemos quem é Jesus e o que Ele fez por nós, o que Ele nos promete e garante, descobrimos que aquilo que Ele nos pede não tem em vista complicar ou tornar difícil a nossa vida. Pelo contrário, o que Jesus nos propõe, precisamente porque nos ama, só tem em vista o nosso bem, a nossa salvação.

08 setembro, 2007

PARABÉNS, MÃE!

Nossa Senhora faz anos!
Ninguém sabe o dia em que Ela nasceu.
Mas no Seu nascimento fomos nós que (re)nascemos.
Por Ela veio o Salvador.
Ela é de todos.

NESTE DIA DE NOSSA SENHORA...
...é bom ter presente que há milhões de filhos Seus que morrem de fome.
1200 crianças perdem a vida a cada hora que passa.
Não seria Nossa Senhora mais honrada se os milhares de euros que são gastos em festas neste dia fossem encaminhados para matar a fome aos Seus filhos?
Como podemos honrar a Mãe sendo indiferentes à sorte de tantos dos Seus filhos?

Feliz dia na companhia da Mãe!

07 setembro, 2007

Contas da Festa do Emigrante 2007

Despesas

  • Organista - 400 E

  • Conjunto - 1000 E

  • Fogo preso - 500 E

  • Jantar para o conjunto - 75 E

  • Jantar para o pessoal das concertinas - 48 E

  • Bebidas - 742.83 E

  • Jantar convívio para a população - 198,85 E

  • Serviço religioso - 50 E

  • Ecrã Gigante - 100 E

  • Concertinas - Fig. de Castelo Rodrigo - 400 E


Total de despesas --- 3.514,68 E



Receitas



  • Peditório para actuação das Concertinas - 370 E

  • Peditório aos Emigrantes - 1. 615 E

  • Arrematações - 467 E

  • caixa de Esmolas - 140 E

  • Ofertas anónimas - 500 E

  • Patrocinadores - 349,36 E

  • Bebidas - 998 E


Total de Receitas ----- 4. 439,36 E



Saldo positivo ---------- 924,68 Euros



As receitas e as despesas foram tornadas públicas apresentadas ao pároco e tornadas publicas. O Saldo positivo foi entregue à Igreja.
Pelo trabalho desenvolvido a Comissão da Igreja é credora de agradecimento e estima.

04 setembro, 2007

Madre Teresa de Calcutá, 10 anos depois

A 5 de Setembro de 1997, o coração de Madre Teresa de Calcutá deu o último suspiro. Passados dez anos, a obra que a "santa das sarjetas" ergueu continua viva e o seu sorriso perdurará. Esta data ficará na história do século XX. Durante a sua vida, ela simbolizava o amor aos mais carenciados. Aquela frágil mulher tinha uma força inesgotável e colocava em prática as palavras do Evangelho: "Amarás o teu próximo como a ti mesmo" (Mt 22, 39).

Com o final do milénio à porta desapareceu a mulher que se entregou aos "mais pobres dos pobres" e deixou muitos corações desamparados. Uma paragem cardíaca, depois de várias pneumonias e crises de malária, "levaram" Madre Teresa. Viveu com o coração, o coração a matou. A humanidade perdeu alguém que, por nada ter nem poder, tinha toda a autoridade porque ninguém conseguia dizer não a um pedido que ela formulasse.

Calcutá chorou, provavelmente, como nenhuma outra cidade do mundo, a morte desta mulher que escolheu a gigantesca metrópole indiana para viver toda uma vida ao serviço daqueles que não tinham ninguém. "Era uma verdadeira santa admirada por todos os indianos, independentemente da sua religião" - sublinhavam os habitantes de Calcutá.

Vocação precoce

Em Skopje, capital da Macedónia, pequena cidade com cerca de vinte mil habitantes, nasceu, a 26 de Agosto de 1910, Ganxhe Bojaxhiu. A sua família era católica e pertencia à minoria albanesa que vivia no Sul da antiga Jugoslávia. Um dia após o seu nascimento, Ganxhe recebeu o Baptismo e a sua educação teve lugar numa escola estatal durante os tristes anos da Primeira Guerra Mundial. Com um timbre de voz muito suave e harmonioso, a pequena Ganxhe tornou-se solista do coro da igreja da sua aldeia e, mais tarde, chegou a dirigir esse mesmo coro paroquial.

Ainda criança, Ganxhe entrou para a Congregação Mariana das Filhas de Maria que tinha uma filial na sua paróquia. Os mais pobres da região recorriam à Igreja para diminuírem as suas carências. Ganxhe sentia a sua vocação a crescer ao assistir a esta actividade de assistência aos mais carecidos.

"Aos pés da Virgem de Letnice escutei um dia o chamamento que me apelava a servir Deus" - disse, posteriormente, Madre Teresa e, confessou ainda, que descobriu a intensidade do chamamento "com uma grande alegria interior". Quando completou 18 anos, o apelo à vida religiosa tornou-se irresistível para a jovem e, a 25 de Dezembro de 1928, partiu de Skopje rumo a Rathfarnham, na Irlanda, onde se situa a Casa Geral do Instituto da Beata Virgem Maria.

Ganxhe tinha como ideal ser missionária na Índia e um sacerdote jesuíta contribuiu para esta doação aos mais pobres devido à informação de que, na Índia, as freiras dessa congregação faziam um "excelente" trabalho.

Depois de uma longa viagem, a futura religiosa chegou à casa das Irmãs de Nossa Senhora do Loreto. A estadia em Rathfarnham foi um porto intercalar já que embarcou rumo a Bengala. Durante a primeira semana esteve em Calcutá e daí viajou até Dajeerling, ao seminário da Congregação fundada pela missionária Mary Ward.

Feitos os estudos e chegada a hora de professar os votos temporários de Pobreza, Castidade e Obediência - 24 de Maio de 1931 - Ganxhe escolheu o nome de Teresa. De acordo com as constituições da Congregação do Loreto devia mudar de nome. "Escolhi chamar-me Teresa" - contou anos depois, devido à figura inspiradora de Santa Teresa D'Ávila. No entanto "não foi pela grande Teresa que escolhi o nome - disse - mas sim pela pequena: Santa Teresa de Lisieux". Encarregada de dar formação espiritual às "Filhas de Santa Ana" - hoje formam uma congregação autónoma - Teresa absorveu o estilo de vida bengali e, posteriormente, transmitiu-o às suas freiras, quando criou as "Missionárias da Caridade".


Uma viagem luminosa

O momento da viragem aconteceu de forma imprevista. Num dos seus relatos, Teresa conta que, a 10 de Setembro de 1946, numa viagem para o convento de Dajeerling, onde ia fazer os exercícios espirituais, enquanto rezava sentiu um "chamamento dentro do chamamento". A mensagem era clara: "devia deixar o convento do Loreto (em Calcutá) e entregar-se ao serviço dos mais pobres e viver entre eles". Com a "iluminação divina", Teresa sentiu uma hesitação: como realizá-la. Este dia de Setembro ficou marcado na história das Missionárias da Caridade e, obviamente, no livro da vida de Madre Teresa como o "Dia da Inspiração".

Teresa de Calcutá pensava nos pobres da cidade que todas as noites morrem pelas ruas e, na manhã seguinte, são lançados para os carros de limpeza como se fossem lixo. Não se habituava a este "terrível espectáculo matinal". Queria fazer algo em prol daqueles esqueléticos a pedir esmola na rua e a esperar que o tempo os levasse.

A luz recebida no trajecto de Calcutá para Dajeerling foi objecto de meditação no retiro de Teresa. Este terminou numa pergunta muito concreta: "Que poderei fazer por estes infelizes?".

Abandonado o hábito da Congregação do Loreto, a Irmã Teresa comprou um sari branco, debruado de azul e colocou-lhe no ombro uma pequena cruz. Foi com esta nova indumentária - o vestido duma modesta mulher indiana - que passou a ser conhecida no mundo inteiro.

A vida da religiosa sofreu novos contornos e quando a Santa Sé reconheceu a Congregação - 7 de Outubro de 1950 pelo Papa Pio XII - a instituição da Madre Teresa de Calcutá contava com centenas de membros em todo o mundo. Primeiro, começou a levar os moribundos para um lar onde eles pudessem morrer em paz e com dignidade. De seguida, abriu um orfanato. De forma gradual, outras mulheres se lhe uniram neste projecto. Nasceu uma nova Congregação religiosa - "Mis-sionárias da Caridade" - para se dedicar aos mais pobres entre os pobres.

A luz do projecto ganhou raízes no solo fértil e as vocações começaram a surgir. Neste viveiro vocacional - muitas das mulheres que aderiram foram antigas alunas - Madre Teresa vê uma bênção de Deus. Sem operações de marketing, o trabalho da consagrada albanesa ganhava visibilidade e as vocações para "Missionárias da Caridade" surgiam a bom ritmo.

De abrigo em abrigo, Teresa de Calcutá dava - mais do que donativos - lições de higiene e moral, palavras amigas e as mãos sempre prestáveis para qualquer trabalho. Não foi preciso muito tempo para que todos a conhecessem. Quando ela passava, crianças famintas e sujas, deficientes, enfermos de toda a espécie, gritavam por ela com os olhos inundados de esperança: Madre Teresa! Madre Teresa!

Luís Filipe Santos - AE

01 setembro, 2007

De enfermeiro a padre missionário

«Os jovens de hoje já não querem ser padres». Esta é uma das ideias feitas, que ouço volta e meia.
Temos falta de vocações consagradas não há dúvidas. Os filhos são poucos e os pais – mesmo às vezes muito religiosos – não vêem com bons olhos o ingresso dos filhos nos seminários ou nas congregações religiosas. Até porque querem ter assegurada a descendência. Por isso há muitos jovens que só se decidem entregar ao serviço de Deus e da Igreja quando tiram um curso. Sobretudo nas grandes cidades.
Os exemplos são muitos felizmente e hoje falo no do enfermeiro Daniel.

Daniel, de 23 anos, de Ermesinde, acaba de tirar o curso de enfermagem. Mas decidiu não ser só enfermeiro. Por isso vai entrar no Seminário. Quer ser padre missionário.
Podia ir, como é seu desejo, para um país de missão dar a sua colaboração às Missões como enfermeiro. Mas quer mais. «Não quero trabalhar 50 anos como enfermeiro. Quero fazer mais, ter a possibilidade de trabalhar com os jovens, em áreas diferentes da da saúde».
Aos amigos, a decisão "faz-lhes confusão". Acham engraçado, mas "não é normal um jovem da minha idade, acabar o curso de enfermagem, com um futuro promissor em mãos" e partir para o incerto.
Para ele, entregar a vida inteira "faz sentido". Até porque já fez a experiência missionária no grupo de Leigos Missionários da Consolata. Gostou mas achou que é pouco. Ele quer dar toda a sua vida às Missões, junto dos mais pobres.
Os amigos "não conseguem entender e eu não lhes consigo explicar". O Daniel sabe bem que os jovens de hoje "vivem a hora, buscam o prazer, o bem-estar e não o sacrifício". Mas assim dificilmente serão felizes. E ele quer ser feliz, contribuindo para a felicidade dos outros. Como o pai e a mãe que só são felizes se virem os filhos felizes. O amor é assim.
Daniel, com mais dois colegas nas mesmas circunstâncias, vai agora partir para a Itália. Onde os esperam quatro anos de estudo e formação.


Fonte: blog Veja para Crer