26 maio, 2007

“Recebei o Espírito Santo”.

Antes, Jesus tinha dito: “Assim como o Pai me enviou, também Eu vos envio a vós”. E depois diz: “àqueles a quem perdoardes os pecados ser-lhes-ão perdoados”. O Espírito Santo unge e consagra os apóstolos para a missão, tornando-os capazes de continuar, na terra e ao longo dos tempos, a missão de Jesus: a missão de anunciar a Boa Nova do Reino e de realizar, entre os homens e em favor dos homens, as maravilhas de Deus. Entre estas maravilhas, Jesus sublinha a do perdão dos pecados, porque é a que melhor manifesta a força extraordinária do amor e da misericórdia de Deus.
O Espírito Santo, que recebem em plenitude no dia do Pentecostes, vence o medo dos apóstolos e impele-os a falar com entusiasmo e desassombro de Jesus, dando testemunho da sua ressurreição.
Este mesmo Espírito Santo impele-os a partir pelo mundo e a perseverar na fidelidade à sua missão, mesmo no meio das maiores dificuldades e das mais terríveis perseguições.
É ao Espírito Santo que eles recorrem, quando têm de resolver ou enfrentar algum problema, como no caso da escolha do substituto de Judas ou da questão levantada a respeito da circuncisão que alguns queriam impor aos convertidos do paganismo.

“Recebei o Espírito Santo”.

Ainda hoje, tanto como nos primórdios da Igreja, Jesus continua a cumprir a sua promessa, enviando-nos o Espírito Santo. Tanto como no tempo do Pentecostes, também hoje o Espírito Santo desce sobre os discípulos de Cristo e guia a Igreja no cumprimento da sua missão. E, por sua vez, a Igreja sabe que sem a inspiração e a força do Espírito Santo não pode realizar e ser fiel ao mandato recebido de Cristo.
O Espírito Santo, hoje como no início, ajuda-nos a compreender e a aceitar a verdade de Cristo, bem como a transmiti-la de um modo compreensível e credível aos homens. É Ele que imprime o dinamismo missionário à Igreja, impelindo alguns cristãos a partirem pelo mundo em missão.
É o Espírito Santo que, no sacramento do Baptismo, nos faz nascer como filhos de Deus; no sacramento da confirmação, faz de nós testemunhas lúcidas e corajosas de Cristo; na Eucaristia, nos oferece Cristo, transformando o pão e o vinho no Corpo e no Sangue do Senhor; no sacramento da reconciliação, perdoa-nos os nossos pecados, restituindo-nos à graça de Deus; e no sacramento da Ordem, unge e consagra os apóstolos que Jesus continua a chamar para o serviço do Reino de Deus.
É o Espírito Santo que, na oração, nos ensina a rezar como convém e nos inspira o que devemos pedir a Deus; e que, no meio das dificuldades e das dúvidas da nossa vida e missão, nos ajuda a ver o caminho e nos dá força para continuarmos em frente.
Ainda hoje, segundo a garantia de Paulo aos Coríntios, o Espírito Santo concede aos cristãos diferentes dons, que cada um deve pôr a render ao serviço do bem de toda a comunidade. Este facto confirma que o Espírito actua em todos os cristãos e que todos os cristãos, por isso mesmo, têm o direito e o dever de se comprometerem activamente na vida da Igreja. Todos os cristãos, em função das graças recebidas do Espírito Santo, devem empenhar-se na construção da Igreja e na concretização da sua missão no mundo: anunciar o Evangelho e dar testemunho de Cristo diante dos homens.
Todos os cristãos, graças ao Espírito Santo, podem e devem proclamar as maravilhas de Deus e deixar que Deus continue a realizar maravilhas no mundo. Entre essas maravilhas sobressai, como a mais necessária e mais atraente, a da comunhão e da unidade, ou seja, a do amor fraterno. Pelo amor fraterno são reconhecidos os verdadeiros discípulos de Jesus.

“Recebei o Espírito santo”.

E nós, queremos mesmo acolher o Espírito Santo na nossa vida? Temos consciência de que Ele vem a nós, desde o dia do nosso baptismo? E que fizemos com o Espírito Santo recebido no sacramento da Confirmação? Recebemos este sacramento apenas para podermos ser padrinhos, ou para sermos fortalecidos pelo Espírito Santo e enriquecidos pelos seus dons? E estamos atentos a estes dons que Ele nos concede, conscientes de que os devemos fazer frutificar ao serviço da comunidade?
Deixamos que o Espírito Santo renove a nossa mente com a verdade do Evangelho? Que purifique o nosso coração com o amor de Deus? E que nos fortaleça interiormente, para darmos testemunho de Cristo no mundo em que vivemos? Permitimos ao Espírito que actue livremente em nos? Ou temos medo que Ele faça das suas na nossa vida?!
Estamos dispostos a aderir à verdade de Deus e do Evangelho, à verdade da vida e dos acontecimentos, à verdade do mundo e da história, à verdade da Igreja e do Reino de Deus, tal como o Espírito Santo no-la dá a conhecer? Estamos interessados e empenhados na renovação que o Espírito Santo quer realizar na nossa vida, na vida da Igreja e no nosso mundo? Ou resistimos-lhe, preferindo que tudo continue na mesma, para não termos que fazer a nossa parte?
Quando rezamos, alguma vez pedimos a Deus o Espírito Santo? Jesus, garante-nos que Deus está sempre disposto a conceder o Espírito àqueles que lho pedem. Na verdade, ao falar da oração, Jesus diz aos seus ouvintes: “se vós, que sois maus, sabeis dar coisas boas aos vossos filhos, quanto mais o Pai do Céu dará o Espírito Santo àqueles que lho pedem!”
Não tenhamos medo do Espírito Santo. Pelo contrário, deixemos que Ele nos ajude a compreender sempre melhor os mistérios de Deus e a entusiasmarmo-nos com as suas maravilhas, bem como a realizar com fidelidade e alegria a nossa missão de cristãos no quotidiano da nossa vida.

Súplica ao Espirito santo

Ó Espírito Santo,
Amor do Pai e do Filho
Inspirai-me sempre;



O que devo pensar;
Como devo dizer;
O que devo calar;
O que devo escrever;
Como devo agir;
O que devo fazer...



13 maio, 2007

...nos 90 anos das Aparições de Fátima!

Ao Teu coração materno, Senhora, queremos hoje confiar os nossos anseios e as nossas inquietações e as do nosso mundo, com a invocação que em Fátima, fez ressoar o Papa João Paulo II:

Mostra que és nossa Mãe!

Mãe das crianças: como o foste de Jesus menino, ajudando-as a crescer em idade, sabedoria e graça;

Mãe dos jovens: que pelo testemunho da beleza da tua humanidade e da tua fé possam descobrir o encanto e a beleza da vida com Cristo;

Mãe dos lares e das famílias, a quem chamas a redescobrir a beleza do seu amor. Faz que ele se torne mais forte que toda a fraqueza e toda a crise;

Mãe dos doentes e dos idosos: pela constante protecção nos seus sofrimentos e na solidão, sê para eles Consoladora dos aflitos;

Mostra que és nossa Mãe!

Mãe da nossa fé: que nos dás a conhecer Jesus, bendito fruto do teu ventre, e nos convidas a acolhê-Lo com a alegria e a prontidão do teu “sim”;
Mãe da Igreja, humanamente limitada e pobre, santa e pecadora, mas empenhada como Tu em abandonar-se à acção do Espírito que a santifica, renova e embeleza, para que deixe transparecer a beleza do rosto de Cristo no mundo;

Mostra que és nossa Mãe!

Mãe do nosso mundo, da grande família humana;
Mãe dos pobres, que recordas ao Pai na oração do Magnificat, dos humilhados e ofendidos na sua dignidade, dos que não encontram trabalho, nem casa, nem pão… Que vejam reconhecida a sua dignidade;
Mãe dos povos, no início deste milénio, tão ameaçados por divisões e confrontos, por ódios, rancores, vinganças e terrorismos. Caminha com os povos para o diálogo das culturas e das religiões, para a solidariedade e para o amor;
Mãe, particularmente, dos povos do Médio Oriente, tão martirizados pela violência e pela guerra. Sê para eles Mãe do perpétuo socorro e Rainha da paz!

Mostra que és nossa Mãe!

Sim, continua a mostrar-te Mãe para todos, porque o nosso mundo tem necessidade de Ti, Mãe da divina misericórdia, Mãe da consolação, da esperança e da paz!

Vela por nós, filhos teus,
Mãe de Jesus, nosso Bem,
Tu podes, és Mãe de Deus,
Tu deves, és nossa Mãe!


D. António Marto

05 maio, 2007

Dia da mãe

Recordando um pouco da história do dia da Mãe, desde a longínqua festa da mitologia grega em honra de Rhea, a mãe dos deuses, celebrada história do dia da Mãe, desde a longínqua festa da mitologia grega à chegada da Primavera, passando pelo “Mothering Day” no século XVII, em que as operárias inglesas tinham folga para visitar as suas mães e as acarinharem no 4º Domº- da Quaresma, até ao tempo da americana Anne Jarvis, que ajudada pelas suas amigas a superar uma enorme depressão pela perda da sua mãe, resolve criar em 1905 uma festa em honra de todas as mães, conseguindo que o próprio Presidente Wilson a institua no 2º- domingo de Maio em 1914, assim chegamos aos nossos dias, em que ainda há pouco tempo celebrávamos o Dia da Mãe juntamente com a festa da Imaculada Conceição de Maria, Mãe de Jesus, a 8 de Dezembro, e actualmente se passou a celebrar no 1º Domingo de Maio.

Embora hoje ofereçamos flores diversas às nossa Mães neste dia, foi também Anne Jarvis quem sugeriu o cravo branco como a flor - símbolo do amor maternal e das suas virtudes: a entrega abnegada, a resistência, fidelidade e pureza.

Neste Domingo, certamente, uma vez mais, cada um recordará e homenageará a sua Mãe como puder, como quiser e como souber.

Recordemos:


As Mães mais esquecidas e abandonadas, as mais carentes, idosas e doentes,

Mas também as Mães de todas as idades,

As sempre sorridentes, apesar de angustiadas,

As sempre disponíveis, apesar de cansadas,

As mais generosas, apesar de carenciadas,

E as que sempre perdoam, apesar de envergonhadas e maltratadas
.


A elas dedico o belíssimo poema de Almada Negreiros:

Mãe! Vem ouvir a minha cabeça a contar histórias ricas que ainda não viajei!
Traz tinta encarnada para escrever estas coisas!
Tinta cor de sangue verdadeiro, encarnado!
Eu ainda não fiz viagens
E a minha cabeça não se lembra senão de viagens!
Eu vou viajar.
Tenho sede! Eu prometo saber viajar.
Quando voltar é para subir os degraus da tua casa, um por um.
Eu vou aprender de cor os degraus da nossa casa.
Depois venho sentar-me a teu lado.
Tu a coseres e eu a contar-te as minhas viagens, aquelas que eu viajei, tão parecidas com as que não viajei, escritas ambas com as mesmas palavras
.

Mãe! Ata as tuas mãos às minhas e dá um nó-cego muito apertado!
Eu quero ser qualquer coisa da nossa casa.
Eu também quero ter um feitio, um feitio que sirva exatamente para a nossa casa, como a mesa. Como a mesa.

Mãe! Passa a tua mão pela minha cabeça!
Quando passas a tua mão na minha cabeça é tudo tão verdade!

02 maio, 2007

HORÁRIOS


Dia 06 (Domingo) - Eucaristia - 12.00 h